sábado, 3 de dezembro de 2011


A INDISCIPLINA



O mais recente episódio do reality show em que se estão a transformar as escolas portuguesas só pode ter uma finalidade. Para além de ser uma hipotética candidata a melhor curta do ano (o argumento é um luxo, e passo a citar: “Eu andei 12 anos na escola, 4 na faculdade, 2 no estágio e 2 numa pós-graduação e 1 numa especialização (…) entendestes?”), é um lúcido exemplo do jornalismo de causas, aquele jornalismo que denúncia ao mundo causas pelas quais (ainda) vale a pena lutar. Neste caso, a ferida aberta na sociedade, o cancro a necessitar de ser expurgado com urgência é… a indisciplina dos professores.
Desde cedo me apercebi que na escola faltava autoridade aos alunos. No ensino  básico, por exemplo, nunca percebi por que razão não pude dar um puxão de orelhas e umas reguadas à minha professora, já que ela detinha, aparentemente, o direito de o fazer (felizmente estudei numa escola onde o eduquês – esse código indecifrável de conversão do ensino em actividade exclusivamente lúdica – demorou a chegar). Nunca percebi por que razão a disciplina de História não se baseava unicamente na pintura de caravelas, numa clara interdisciplinaridade (uma coisa que agora parece ser obrigatório haver). Ainda hoje sofro ao pensar nas dinastias que fui obrigado a saber, nos cognomes que fui obrigado a decorar, nas datas que convinha saber e nas reguadas que apanhava por cada erro ortográfico. Enfim, esta permissividade que foi dada aos meus professores do ensino básico teve resultados óbvios: sou hoje uma pessoa extremamente mal formada e complexada por não escrever (como tantos mamíferos da mesma colheita) “houveram” e “fize-mos”.
Mas o descalabro foi mesmo no 7º ano. Éramos um conjunto de jovens tão maduros, bem formados, bem comportados, informados e cultos que, por mais voltas que dê à cabeça, não consigo perceber o porquê de nos terem dividido a turma. Lembro-me na altura de uma quantidade infindável de reuniões, em que até nos era dada a palavra para denunciarmos os maus tratos que sofríamos nas mãos das criaturas inenarráveis que nos davam aulas. Eram umas bestas. Falavam ao telemóvel dentro da sala, cuspiam no chão, copiavam nos testes descaradamente (acho que eram eles, mas não tenho a certeza… já lá vão tantos anos…). Enfim, muitas reuniões depois lá se decidiram por nos tratar como macacos e pôr-nos no devido lugar. Isto é mais uma evidente prova de indisciplina dos professores. Foi pena que não houvesse nenhum pai suficientemente lúcido para os colocar também no devido lugar (se bem que, se me lembro, ainda houve (… houveram?) uns que tentaram). Onde estavas tú, Eduardo Sá, quando tanto precisámos de ti? Onde estavam as educadoras para explicar que se tratava apenas de um processo normal de desenvolvimento cognitivo de competências sociais? Que a experimentação é boa para os jovens? Que crescer tem destas coisas?
Como todos sabemos, o problema da indisciplina dos professores só pode ser resolvido com umas boas bofetadas, dadas de preferência pelos alunos (mas também podem ser os pais, claro). Num país de estatutos e de divinização do grau (costumava ser assim, pelo menos, e que o conte a professora do vídeo),  o problema da indisciplina não pode ser resolvido. Até ao final do secundário, o problema serão sempre os professores, porque os alunos, coitadinhos, são criancinhas: puras, virgens, imaculadas – a professora era uma besta mas saberia provavelmente o que estava a dizer. A partir do secundário a culpa de todos os males de Universo é sempre dos alunos, porque o senhor professor doutor (vénia) sabe tudo, soube sempre tudo (suspeita-se que tenha nascido ensinado) e nunca ninguém (à excepção dele próprio) quis saber se era capaz ou não de dar aulas, se tinha ou não qualidades humanas e competências técnicas para o fazer, se os cargos que vai acumulando lhe permitem – se não for muito incómodo, claro – comparecer nas aulas. Nada que umas reguadas não resolvessem, certamente…

UM COPO DE LEITE

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos e tinha fome. Decidiu que pediria comida na próxima casa. Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora mulher jovem lhe abriu a porta. Em vez de comida pediu um copo de água. Ela pensou que o jovem parecia faminto e assim lhe deu um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou? - Quanto lhe devo? - Não me deves nada - respondeu ela. - Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa. Ele disse: - Pois te agradeço de todo coração. Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu mais forte fisicamente, mas também sua fé em Deus e nos homens ficou mais forte. Ele já estava resignado a se render e deixar tudo. Anos depois essa jovem mulher ficou gravemente Doente. Os médicos locais estavam confusos. Finalmente a enviaram a cidade grande, onde chamaram um especialista para estudar sua rara enfermidade. Chamaram ao Dr. Howard Kelly para examina-lá, quando escutou o nome do povoado donde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos. Imediatamente subiu do vestíbulo do hospital a seu quarto. Vestido com a sua bata de doutor foi ver a paciente. A reconheceu imediatamente. Retornou ao quarto de observação determinado a fazer o melhor para salvar aquela vida. À partir daquele dia dedicou atenção especial aquela paciente. Depois de uma demorada luta pela vida da enferma, ganhou a batalha. O Dr. Kelly pediu a administração do hospital que lhe enviasse a fatura total dos gastos para aprova-lá. Ele a conferiu e depois escreveu algo e mandou entrega-lá no quarto da paciente. Ela tinha medo de abri-la, porque sabia que levaria o resto da sua vida para pagar todos os gastos. Mas finalmente abriu a fatura e algo lhe chamou a atenção, pois estava escrito o seguinte: Pago totalmente faz muitos anos com um copo de leite (assinado) Dr. Howard Kelly. Lágrimas de alegria correram de seus olhos e seu coração feliz rezou assim: Graças meu Deus por que teu amor se manifestou nas mãos e nos corações humanos. "A CADA UM , SEGUNDO AS SUAS OBRAS" "TUDO O QUE VOCÊ DÁ PARA MUNDO, O MUNDO TE DEVOLVE" É A MAIS PURA VERDADE....